UM NOVO TEMPO NA CULTURA – A CRIAÇÃO DO SISTEMA MUNICIPAL DE CULTURA LOCAL INCLUI SÃO SEPÉ COMO O 63º, ENTRE 497 MUNICÍPIOS DO ESTADO, A ADERIR AO SISTEMA ESTADUAL DE CULTURA
Entre atividades artísticas e reorganizações estruturais, o planejamento, por meio de políticas públicas, é o maior desafio dos atuais gestores culturais a frente da Fundação Afif Jorge Simões Filho.
As novas diretrizes da Secretaria Especial da Cultura e da Secretaria da Cultura do Estado do Rio Grande do Sul (SEDAC) orientam e valorizam os municípios que buscam se adequar no cenário nacional, por meio de incentivos para criação de Sistemas de Políticas Culturais locais, constituídos por um tripé cultural: o Conselho, o Plano e o Fundo Municipal de Políticas Culturais. São Sepé é o 63º, entre os 497 municípios gaúchos a aderir ao Sistema Estadual de Cultura.
Para garantir essa conquista, a Fundação Cultural Afif Jorge Simões Filho de São Sepé, capitaneou uma articulação junto à comunidade e agentes culturais para a elaboração do documento que compõe o Plano e o Fundo de Cultura, uma vez que o Conselho já tinha legislação vigente, passando apenas por uma atualização dos membros em 2021. O projeto foi aprovado por unanimidade, no dia 13 de julho, na câmara de vereadores, uma necessidade de mais de 20 anos, que entrou em vigor a partir do dia 16 de julho com o sancionamento do prefeito municipal.
O que muda?
São Sepé tem um planejamento/organização/metas para os próximos 10 anos e torna-se mais competitivo em editais na busca por recursos externos, para investir na cultura local.
Outras articulações
Depois de atualizar o CEPC (cadastro estadual de produtor cultural) da Fundação Afif e da Prefeitura Municipal de São Sepé, junto à SEDAC, desatualizados desde 2012, o governo articula incluir o município no coinvestimento do auxílio emergencial gaúcho voltado à cultura. Com o cadastro (CEPC) atualizado e com o Sistema Municipal de Políticas Culturais instituído, o aporte financeiro do governo do estado pode triplicar o valor investido por São Sepé.
Nesse caso, a estimativa do presidente e diretores é investir R$12.000,00 de recursos próprios e ser contemplado com mais R$ 36.000,00 do governo estadual, fazendo girar R$48.000,00 na roda da economia do município, por meio dos agentes da cultura.
O que pensam os agentes públicos e gestores
Para a professora Analice Ineu Chiappta, ex conselheira de Cultura e dirigente da SMEd, “Umas das metas do conselho sempre foi a elaboração do Plano Municipal de Cultura. Fiquei muito feliz com a informação de que o Plano foi elaborado, o documento promove a valorização das diversidades culturais existentes em nosso município, facilitando o acesso a elas. A Fundação Cultural Afif Jorge Simões Filho terá mais oportunidades de angariar recursos e promover eventos para uma população que merece mostrar talentos diversificados, ampliar a cultura em suas diversas formas de manifestação, além de oportunizar diversão, leitura e lazer. Parabéns ao Conselho, à equipe da Fundação Afif e à Comissão de elaboração do referido Plano Municipal de Cultura. A cultura de São Sepé terá mais benefícios e isso me deixa muito feliz!”
Na Câmara Municipal de Vereadores, o vereador e líder de governo, Tavinho Gazen (PDT) destacou que “o projeto insere São Sepé em um círculo de benefícios importantes” e ressaltou o trabalho liderado pelos diretores, Sofia e Lucas, junto ao Presidente Fernando, “ se dedicaram por meses na produção desta matéria”. Na mesma linha, o líder da oposição, o vereador Humberto Stoduto (PP), afirmou que “o projeto mostra qualidade técnica. E destacou, “Um projeto desse quilate vai fazer que São Sepé consiga captar recursos, parabéns a equipe, é disso que a gente precisa”, afirmou.
Entusiasmado com esse avanço, o Vice Prefeito e também Presidente da Fundação Afif, Fernando Vasconcellos, acrescentou,
“Não é de hoje que a cultura é debatida por todos os setores e com agravamento profissional e financeiro trazido pela pandemia, isso ficou mais evidente. A falta de busca por investimentos para fomento e valorização da classe artístico cultural é uma deficiência de muitos municípios, em especial, os do interior, e agora vamos trabalhar cada vez mais para mudar essa realidade.”